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“Da Excelência ao Esgotamento - Por Que os Engenheiros Estão Perdendo o Brilho nos Olhos?”

  • Foto do escritor: Rogério Cardoso
    Rogério Cardoso
  • 17 de jun.
  • 3 min de leitura

Subtítulo 1 – A Cultura da Alta Performance: Quando o Reconhecimento Nunca Chega


Em muitos canteiros de obra e escritórios de engenharia, a busca pela excelência virou um ciclo sem fim. O engenheiro entrega resultados, resolve problemas complexos, cumpre prazos impossíveis, mas o reconhecimento verdadeiro nunca chega. Em vez de celebração, vem mais cobrança. O que antes era motivo de orgulho agora vira uma rotina emocionalmente desgastante.


O elogio vira silêncio, o sucesso vira obrigação, e o próximo desafio já aparece antes mesmo do último ser concluído. Assim, o brilho nos olhos vai se apagando, substituído por cansaço, desânimo e uma sensação constante de insuficiência. A cultura da alta performance cobra caro, e poucos percebem o preço emocional que ela impõe.

Subtítulo 2 – O Peso Invisível: Ansiedade, Solidão e o Medo de Fracassar


Por trás dos cálculos precisos e das planilhas de controle, muitos engenheiros carregam um peso que ninguém vê. A ansiedade se acumula em cada entrega adiantada, cada reunião tensa e cada expectativa não dita. A solidão emocional cresce, mesmo em meio a equipes cheias, porque o medo de parecer frágil impede conversas verdadeiras.


O medo de fracassar vira um companheiro diário, alimentado por metas inatingíveis e cobranças silenciosas. Muitos passam noites em claro, revendo mentalmente cada decisão tomada no dia. O que era para ser uma carreira de realizações vai se tornando um campo minado emocional, onde errar parece não ser permitido.


Subtítulo 3 – Entre a Técnica e a Vida Pessoal: O Limite que Está se Rompendo


O que antes era apenas uma entrega de projeto ou uma reunião de obra agora invade finais de semana, jantares em família e até momentos de descanso. O celular não para, os e-mails chegam a qualquer hora e a mente nunca desliga. Muitos engenheiros se veem presos em um ciclo onde a técnica domina, mas a vida pessoal vai ficando para depois… e depois… até quase desaparecer.


Relacionamentos começam a sofrer, a saúde dá sinais de alerta, e o corpo começa a cobrar o preço. As pequenas pausas para o lazer viram exceção, e o sono já não é mais reparador. O limite entre o profissional e o pessoal está cada vez mais tênue — e, em muitos casos, já foi rompido há muito tempo, sem que o engenheiro percebesse.

 

Subtítulo 4 – De Volta ao Brilho: Como Resgatar o Sentido, a Energia e o Entusiasmo


Recuperar o brilho nos olhos não é fácil, mas é possível. O primeiro passo é reconhecer que esgotamento não é sinal de fraqueza, mas um pedido urgente de cuidado. Repensar a relação com o trabalho, estabelecer limites saudáveis e buscar momentos de desconexão real são atitudes fundamentais. Conversar abertamente com líderes e colegas sobre carga emocional pode abrir caminhos para uma cultura mais humana.


Investir em autoconhecimento, atividades que tragam prazer e, se necessário, buscar apoio psicológico não é luxo, é sobrevivência emocional. Pequenas mudanças diárias, como reconhecer as próprias conquistas e respeitar os próprios limites, podem iniciar um processo poderoso de retomada de energia, propósito e satisfação na carreira.


Reflexão Final


A engenharia sempre foi sinônimo de desafio, precisão e superação de limites. Mas quando o esforço constante passa a consumir mais do que devolver, é sinal de que algo precisa mudar. Nenhum cronograma ou meta vale a perda da saúde emocional, da alegria de viver ou da vontade de continuar criando soluções para o mundo.


O brilho nos olhos que um dia trouxe orgulho ao escolher essa profissão não pode ser trocado por um olhar cansado e sem esperança. Talvez seja hora de cada engenheiro — e cada empresa — parar, respirar e se perguntar: estamos construindo apenas obras… ou também pessoas?


Chamada para Ação para o LinkedIn:


Se você é engenheiro, gestor ou faz parte de uma equipe técnica, pare por um instante e reflita: como anda o brilho nos olhos da sua equipe? E o seu?


- Marque aqui um colega que merece esse alerta.


- Compartilhe este artigo com sua liderança.


- Vamos abrir espaço para falar de saúde emocional nas engenharias?


Porque produtividade sem humanidade… só leva ao esgotamento.

 

Rogerio Cardoso

 

 
 
 

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