Operação Interna da Logística de Materiais

Planejamento semanal da distribuição vertical dos kits de materiais

Independentemente do tempo takt, o mais adequado é que o Encarregado de Logística faça o seu planejamento de transporte de kits para os seus devidos apartamentos na torre de forma semanal, até porque, o “painel de controle do transporte vertical” é feito com o desenho da “semana” ou seja de segunda a sexta, independentemente de quanto inicia ou termina o tacto do período.

Quando esta programação é feita, o processo de montagem de kits já terá em sua expedição parte da quantidade a ser transportada naquela semana (kits prontos) e provavelmente a quantidade será complementada com a produção de um ou outro Kit de materiais para completar o ciclo da semana.

Isto dá tranquilidade aos processos de produção, sem criar pressão na equipe de apoio desde a montagem até o transporte dos kits ou seja, “o tempo da logística” é bem utilizado e sem desperdícios de tempo de movimentação ou atrasos por deficiência de informações corretas e na hora certa. A área da “logística” passa a ter uma eficiência excelente no uso do “tempo de todos na equipe”.

Resumindo, é uma área que atende as necessidades da produção, permitindo o aumento da produtividade dos terceiros no chão de fábrica (empreiteiros de produção), porque não ficam parte do tempo, parado por deficiência da logística no fornecimento dos materiais. Os processos rodam mais alinhados com o fluxo contínuo na produção.

E assim, eles ganham com rendimento, a obra ganha mantendo seu cronograma em dia e a empresa no aumento da sua produtividade, permitindo baixar os custos unitários dos preços cobrados pelos empreiteiros, decorrente do aumento da produtividade em grande parte, pelo bom atendimento em “jus in time” na boa gestão da logística de materiais da obra.

Fig. 16 – Quadro de Distribuição Semanal de Materiais Secos – Cartões/Kanban

Disposição dos kits de materiais na expedição da distribuição

No projeto de lay out da logística de materiais (áreas de estocagens), é previsto uma área mais próxima possível do elevador cremalheira da obra, com um espaço demarcado para colocação dos kits de materiais, com a sua devida programação de horário naquele dia para subida, para uma boa gestão no transporte vertical, minimizando possíveis de gargalos no fluxo de transporte dos “materiais do dia na produção.”

A equipe do transporte vertical, trabalha basicamente com informações dos cartões “Kanbans”, ou seja, eles estão disponíveis no quadro semanal de programação, e que informa a que hora cada tipo de kit será transportado e para qual apartamento será entregue na torre.

Existe uma comunicação visual nos cartões, evitando transtornos e falhas. A eficiência do processo é muita alta. Não se vê, os encarregados da construtora e/ou dos empreiteiros falando ou gritando pelos rádios, que estão com problema de falta de material, que consequentemente gera uma pressão no pessoal da logística, tumultuando e gerando problemas de relacionamentos, brigas, improdutividade e uma série de outro problemas adicionais consequentes.

Transporte vertical – Subida - kits de materiais (produção)

O operador do elevador cremalheira, tem a responsabilidade de pegar o primeiro cartão kaban, no quadro de distribuição de materiais, e verificar qual é ou quais são os kits a ser carregados a partir do local da expedição de kits, uma área demarcada e próximo do elevador - obs: “o elevador é como um avião, um ativo caríssimo e não perder tempo parado sem transportar”. É preciso cumprir as metas diárias de transportar o volume de recursos (MAT) programados para o dia em trabalho.

Outro ponto importante, é que os kits precisam estar identificados com seus cartões kaban, com as informações correta do local a ser descarregado (cada apartamento). Os Elevadores sob com materiais para produção e desce com bags de resíduos recicláveis. (Plásticos, papel, madeira, latas vazias...etc)

Transporte vertical - Descida – Resíduos Recicláveis

Resíduos da obra – Vou aproveitar e falar sobre os resíduos recicláveis gerados na produção. O nosso modelo de trabalho é separar as embalagens (papelão, plásticos, madeira quando houver, latas de tintas vazias ...etc) nas tarefas a ser cumpridas no dia nos andares da torre, recolher (são os colaboradores das equipes de produção responsáveis por esta ação) os resíduos e colocar em “um bag” disponibilizado em um local estratégico no apartamento, para que o mesmo seja visto, pego e transportado operador do cremalheira.

Fig. 17 – Bag Resíduos Embalagens – Gestão materiais

Ele já tem esta responsabilidade de fazer o recolhimento e transportar para o térreo, onde será depositado nas baias de resíduos recicláveis, e seguida destinar corretamente os respectivos “resíduos separados”.

Utilizamos um aplicativo chamado de “iresíduos”(para encontrar o site do aplicativo, acessar na internet), nos permite gerir de forma correta, todos os tipos de resíduos gerados na obra, inclusive gerir todas as documentações (lado legal do empreendimento e suas responsabilidades com a legislação ambiental) das empresas que fazem o transporte e disponibilização final dos resíduos, com indicadores de quantidades para cada tipo de resíduos.

Fig. 18 – Foto do site - App da “Iresíduos” na internet -

Estes dados, nos permite analisar e promover algumas ações para minimizar “a geração de resíduos e melhorar processos” e consequentemente minimizar custos de transporte e de disposição final destes resíduos.

Fig. 19 – Resíduos Classe A

E sem falar na questão da nossa responsabilidade com a sustentabilidade do meio ambiente. Este aplicativo, "gera um indicador final da geração de resíduos em cm/m2 de obra construída” do respectivo empreendimento. Segundo o "Eng. Caio da Iresíduos", quando desenvolveu este aplicativo, através do mestrado na Universidade Estadual de Londrina em parceria com uma empresa da construção civil de Londrina, pesquisou no mercado e encontrou este mesmo indicador, somente na empresa de construção de Fortaleza, denominada CR Rolim. E naquela época (2012 ) o indicador da CR Rolim era de “9 cm/m2”.