Trem da Produção Lean na Construção Civil - Parte 2/5
Para a cobertura do prédio, o térreo e os subsolos de garagens, montamos um planejamento executivo específico e trabalhamos em paralelo com a execução da torre, pois o volume de atividades não repetitivas corresponde de 15% a 20% do total, sendo muito trabalhoso planejar e controlar pelos conceitos da linha de balanço.
Voltando a torre, precisamos trabalhar as seguintes etapas:
A. Primeiro, reúne-se uma equipe de profissionais para identificar o passo-a-passo do processo construtivo em uma sequência lógica e em segundo, agrupar por pacotes de trabalhos a ser executados por empreiteiros e/ou mão de obra própria, mantendo a sequência lógica de execução, quantificar 100% o seu conteúdo de trabalho ou tarefas.
B. Balancear a carga de trabalho e dimensionar o tempo takt do planejamento executivo da torre.
C. Sincronizar a movimentação dos vagões do trem para evitar o desbalanceamento das atividades.
D. Controlar as metas diárias com uma gestão participativa e visual no chão de fábrica.
Para conseguir o “máximo de eficiência da lean construction” na execução de uma obra residencial vertical, precisamos após a realização das ações acima (A. B. C. D.), carregar simbolicamente os vagões sequenciais, com todos os recurso (4Ms) levantados e providenciados no Planejamento de Médio Prazo (PMp) – períodos de 60 dias, pela engenharia, para que, quando o vagão número(n) entrar no seu respectivo pavimento, no momento certo(cronograma), ele possa estar com 100% de todos o seus recursos (4Ms) e neste momento, o valor agregado que interessa ao cliente será produzido ou seja, será quando a “transformação de todos os recursos (4Ms)” acontece na prática e sem retrabalhos.
Para que o trem e seus vagões possam se deslocar, cada vagão (4Ms), deve cumprir o seu tempo takt e assim permitir com que todos os vagões se movam em um mesmo dia para o pavimento superior e mantendo assim, o fluxo contínuo da produção.
No próximo artigo, darei sequência parte 3/5.