Entregar resultados é fundamental ao engenheiro, na continuidade do seu emprego e na sustentabilidad
Inicio este artigo pensando de que modo direcionar o assunto em pauta, já que por aqui existe um público variado desde último ano de engenharia, até os engenheiros com mais de 35 anos de experiência de mercado. Em dezembro de 2017, completarei 35 anos de formado. Por volta dos meus 13 anos eu já sonhava em conquistar um diploma de engenharia. Foi então, que consegui com muita dificuldade, ingressar na faculdade de engenharia na cidade do Rio de Janeiro no inicio de 1978. Desde cedo procurei, por curiosidade, a entender como maximizar o uso dos recursos disponíveis na construção civil e como alcançar resultados satisfatórios nos processos. Lia muito W. Edwards Deming e recomendo o livro Qualidade: A revolução da Administração (DEMING W, 1990).
Em 1960, o Imperador Japonês conferiu-lhe a Medalha da Segunda Ordem do Tesouro Sagrado, dada as contribuições de melhorias de qualidade nos processos industriais do Japão. Taiihci Ohno, foi o responsável pela implementação dos conceitos lean na Toyota depois da segunda guerra mundial. Ele já dizia: “Custos não existem para serem calculados, custos existem para serem reduzidos.” Ou seja é preciso atuar nos processos, e somos nós, engenheiros de obras que precisamos e devemos atuar na gestão da produção (PCP – Planejamento e Controle da Produção) na gestão dos materiais e consequentemente na gestão de melhorais dos processos etc.
É comum na gestão convencional dos canteiros de obras no Brasil, os engenheiros, gerentes e diretores, estarem preocupados em fazer análises somente dos resultados e não se preocupar de saber o porque daqueles números, quais são as causas e resolver estes problemas gerando melhorias em seus resultados.
E se fizermos uma reflexão sobre os resultados que mantém o emprego do engenheiro ou gerente da obra e também a sustentabilidade da empresa é o entendimento e aplicação na integra dos 5 princípios Lean em sua gestão. Vamos lá:
Primeiro Princípio – Valor
É tudo aquilo que o cliente tem interesse ou necessidade e está disposto a pagar, ou seja, tudo aquilo que não interessa ao cliente é desperdício, logo a engenharia precisa identificar quais são estes desperdícios e achar ou criar uma forma de eliminar ou minimizar ao máximo. Aqui está o grande desafio da engenharia.
Segundo Princípio – Fluxo de Valor
Após definido quais os processos que geram valor para o cliente, vamos colocar estes processos alinhados em um fluxo lógico de execução.
Terceiro Princípio – Fluxo Contínuo
Em seguida, é preciso fazer um balanceamento de todos os pacotes de serviços, de modo que, possamos estudar e definir um tempo ou um ciclo ou ainda um takt time igual para execução de todos os processos que agregam valor e garantir assim um “fluxo contínuo” que irá gerar excelentes resultados.
Quarto Princípio – Produção Puxada
É produzir por demanda do cliente externo ou interno. No caso do cliente interno, o processo posterior puxa o processo anterior de forma contínua. Aqui podemos incluir o termo “jus in time” ou JIT. Exemplo simples: A conclusão da execução do pacote de alvenaria, libera e puxa a execução das instalações elétricas e hidro sanitárias.
Quinto Princípio – Perfeição
Aqui entra as ações de kaizen ou melhorias continuas dos processos. Ou seja, tudo pode e deve ser melhorado. Este princípio mantém as pessoas, as equipes, a empresa, sempre em alerta para a continuidade das melhorias de todos os processos de gestão da empresa.